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Que tendências no mercado de fusões e aquisições esperam com a abertura progressiva das economias? Mónica Moreira, sócia da CTSU, A Deloitte Legal practice, partilha a sua opinião no Jornal Económico.

Mónica Moreira, sócia da CTSU partilha a sua opinião no Jornal Económico- Fórum “Desconfinamento gera otimismo nos assessores das operações de M&A”.

“Existem ainda alguns fatores de incerteza, relacionados, nomeadamente, com as novas vagas da pandemia, o desenvolvimento dos planos de vacinação e, ainda, a perspetiva do final das moratórias e respetivos impactos, que são fatores de prudência para os investidores. O clima de incerteza e as restrições de circulação trazem desafios (i) na deteção de oportunidades de negócio e de investimento; (ii) ao nível do desenvolvimento das transações, em especial nas etapas preliminares das mesmas e nas DDs, que, por regra, têm sido mais longas; e, sobretudo, (iii) em termos negociais, pelo desfasamento de expectativas entre compradores e vendedores, desde logo na avaliação do target e fixação do preço. Os compradores estão mais prudentes, exigindo earn outs ou avaliações mais baixas, os vendedores procuram sustentar o recurso às avaliações pré-pandemia. Haverá também maior dificuldade de acesso a financiamento. Não obstante os desafios e os fatores de incerteza, existem indicadores que permitem ter alguma confiança e otimismo no crescimento da atividade de M&A em Portugal durante o ano de 2021, considerando, em particular, o desenvolvimento de diferentes vacinas, a perspetiva de reabertura progressiva da economia, a implementação do PRR, a transição verde e digital, entre outros fatores. Neste contexto, a nossa expectativa é a de que o investimento estrangeiro mantenha o seu papel preponderante no mercado transacional português, incluindo através de fundos de private equity e outros investidores institucionais. O que, aliás, já se reflete em operações noticiadas recentemente. Em termos de sectores, os das energias renováveis e das tecnologias deverão manter-se particularmente ativos, sem prejuízo de outros, em que já sentimos diversas manifestações de interesse e oportunidades, desde o sector industrial, logística e healthcare, ao sector imobiliário. É também expectável que venha a ocorrer um desenvolvimento de operações de restruturação e aquisições no contexto do denominado distressed M&A. Haverá boas oportunidades para os investidores que detenham a capacidade financeira necessária para esta fase. Este otimismo é reforçado pelo crescimento no fluxo de oportunidades, manifestações de interesse e transações em curso em diversos sectores, que estamos a verificar na nossa prática diária.”- Mónica Moreira, sócia da CTSU, A Deloitte Legal practice em Portugal.

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